quinta-feira, 2 de agosto de 2012

PENSANDO UM POUCO SOBRE SER PASTOR E SER OVELHA...


SER PASTOR E SER PASTOREADO

Ser pastor não é tarefa fácil. Primeiro, porque ser pastor não é uma profissão, mas, antes, um sacerdócio. Não é como tomar a decisão de ser um advogado, um médico, etc. Mesmo que essas profissões devam levar em conta a habilidade de quem quer exercê-las, há liberdade para a escolha. Mas, para ser pastor, não basta desejar, é preciso ser chamado por Deus. É a diferença entre “DOM” e “TALENTO”. O dom não é adquirido, é um presente de Deus. Não vem de uma decisão ou escolha do homem, mas de Deus. Já o talento, é algo adquirido, vem do esforço e da dedicação por fazer algo.

Dom, na Bíblia, é aplicado somente para as funções que foram determinadas por Deus, para o fim específico de fazer o serviço direto de Deus. Para alguém ser pastor é preciso ser chamado por Deus, vocacionado e capacitado para cuidar do seu povo – a Igreja. Infelizmente, não podemos afirmar que todos os pastores são chamados por Deus. Há, hoje, “pastores” que se tornaram verdadeiros profissionais da religião, e transformaram “suas” igrejas em mega empresas, que funcionam muito mais como uma agência que presta serviços para o homem, do que como uma instituição divina que visa a glória e o serviço a Deus. 


Ser pastor é, acima de tudo, ser um porta voz de Deus. Ele é chamado por Deus para fazer e dizer a Sua vontade. Sua função não é, simplesmente, proporcionar bons momentos para o homem, mas levar o homem ao pleno conhecimento da verdade. Seu serviço não é agradar a homens, mas a Deus. E, só há uma forma de agradar a Deus: Obedecendo e ensinando fielmente a sua Palavra, a Bíblia Sagrada. 

Mas, se dizemos que ser pastor não é tarefa fácil, serpastoreado também traz seus desafios. Ser pastoreado é reconhecer a autoridade de quem o pastoreia. Ou seja, para permitir-se ser pastoreado, o crente deve reconhecer a autoridade do pastor. Não a autoridade que o pastor tem, mas a que lhe foi dada. Assim, quando o que é pastoreado reconhece a autoridade de quem o pastoreia, está reconhecendo a autoridade de Deus. Pois quem o constituiu pastor foi o próprio Deus.

É claro que o pastor não é infalível, muito menos inerrante, mas, repito, não é a autoridade do pastor que o faz pastorear, mas a autoridade de Deus. Por isso, tudo o que o pastor fizer baseado nessa autoridade, tem a aprovação de Deus. Quando um pastor não usa a autoridade de Deus, mas, a sua, propriamente, ele está violando as leis do seu chamado. A única prova que podemos ter para identificar se um pastor está exercendo fielmente a vocação pela qual Deus o chamou é observando a sua fidelidade às Escrituras Sagradas. Se tudo o que ele ensina e procura viver está baseado e firmemente alicerçado na Palavra de Deus, então a autoridade que ele exerce sobre a igreja é a autoridade de Deus, e por isso toda a igreja deve respeitá-lo e obedecê-lo. 

Quero concluir lembrando a todos que um dia, o povo a quem Moisés pastoreou, rebelou-se contra o seu pastor, e a decisão de Deus foi uma só - não deixa-los entrar na terra prometida (ver Números 14.1-12; 20-38). Se Deus fez assim com aqueles que não aceitaram ser pastoreados por Moisés, que diremos daqueles que se dizem pastores e não fazem a vontade de Deus? Assim, a tarefa é dupla. Primeiro, precisamos saber identificar um verdadeiro pastor, e, em seguida, permitir-nos ser pastoreados por ele.

Com amor,
Rev. Luiz Ancelmo

3 comentários:

  1. Gostei muito da mensagem!
    Realmente, nos nossos dias,se torna cada vez mais necessário estarmos atentos para, à luz das Sagradas Escrituras, identificarmos o verdadeiro pastor, e assim, nos submetermos à sua autoridade.
    Que o Senhor continue te abençoando!

    ResponderExcluir
  2. É o grande desafio da Igreja moderna: Encontrar verdadeiros pastores para as verdadeiras ovelhas. Se há pastores que já "mataram" muitas "ovelhas", há muitas " ovelhas" que já "mataram" muitos pastores, fazendo-os desistir do seu chamado.

    ResponderExcluir